Os livros são muito bem desenhados, com roteiros interessantes e com boas doses de humor. Eles trazem uma reflexão sobre os efeitos indesejáveis desta Globalização, e de como pequenos movimentos sociais tentam na luta do dia a dia criar uma alternativa viável de desenvolvimento equitável e socialmente justo (os ditos movimentos "altermondialistes").
Apesar de interessante, a leitura do livro me deixou inquieto com uma coisa: como quase todos os livros, panfletos e discursos "altermondialistes", o livro traz embutida aquela idéia de que os brancos e ricos do Primeiro Mundo têm de ajudar os coitadinhos pobres e sudesenvolvidos do Terceiro Mundo. Não que eu seja contra ao fato de que os países desenvolvidos tenham obrigações com os países pobres, mas o que me incomoda é esta glamourização da pobreza alheia. Me incomoda ser visto como coitadinho. Me incomoda ver ONGs ditas humanitárias, cheias de europeus loirinhos e saudáveis batendo fotos com criancinhas africanas famintas no colo, pelo simples exotismo da coisa.
Mas já dizia aquele vídeo famoso na internet: "Mas a vida é uma caixinha de surpresas".
Ao acordar esta manhã, me deparei com a seguinte notícia no jornal 20 Minutes:
Tradução: "O brasileiro que poderia salvar a Arcelor"
A reportagem trata sobre o possível fechamento de parte de uma unidade siderúrgica do grupo Arcelor, localizada em Gandrange, no nordeste da França. O fechamento desta unidade acarretará a supressão de 595 empregos dos 1108 existentes. Sendo assim, o governo francês negocia a possibilidade do Grupo Gerdau assumir o controle desta unidade, garantindo então os 595 empregos em vias de supressão.
Fica a pergunta: Não é estranho ver o "Terceiro Mundo" tendo de ajudar o "Primeiro Mundo" ?
Nota do administrador do blog: Desculpa aí... foi mal (Sorry !/ Pardon !).
Nenhum comentário:
Postar um comentário