18/12/2007

Idéias a serem Copiadas (5)


O INAO – Institut National de l’Origine et de la Qualité (Instituto Nacional de Origem e Qualidade) é um órgão ligado ao Ministério da Agricultura e da Pesca francês e que tem por dever controlar a política francesa de produtos com indicação de origem e qualidade. Para tanto, o INAO concede, mediante o cumprimento de certas normas, selos oficiais de identificação e qualidade. Atualmente existem as seguintes categorias de selos oficiais de identificação:

AOC - Appellation d’Origine Controlée (Nomenclatura de Origem Controlada): identifica um produto agrícola, bruto ou transformado, que tem a sua originalidade e tipicidade ligados a sua origem geográfica, possuindo uma notoriedade já estabelecida. Um exemplo disso são as AOC’s de vinhos, que garantem que um vinho rotulado como um certo tipo (Bordeaux, por exemplo) realmente é produzido naquela região, com o mesmo tipo de uva e o mesmo tipo de manejo que os demais.

IGP - Indication Géographique Protégée (Indicação Geográfica Protegida): protege produtos originários de uma certa região e que possuem características ligadas a esta origem que fazem com que estes produtos se diferenciem dos demais. Ou seja, a IGP garante que um produto só pode ser rotulado como sendo de uma determinada região se ele realmente vier daquele local.

STG – Spécialité Traditionnelle Garantie (Especialidade Tradicional Garantida): protege não a origem geográfica, mas sim a composição de um produto ou um modo tradicional de fabricação. Por exemplo, no caso de um embutido (salame, por exemplo), a STG garante que todos os salames rotulados como de um determinado tipo são feitos respeitando a receita tradicional, sem haver substituição de ingredientes.

Label Rouge (Etiqueta Vermelha): identifica os produtos alimentares e agricolas não transformados (ex : carnes, ovos, frango, etc) que, por respeitarem um rigoroso conjunto de normas técnicas, são reconhecidos como de qualidade superior aos demais.

AB – Agriculture Biologique (Agricultura Biológica): identifica os produtos que são cultivados e produzidos sem o uso de organismos genéticamente modificados, sem o uso de produtos químicos sintéticos

Se este sistema fosse implementado no Brasil, poderiamos ter AOC’s das nossas diferentes cachaças (Cachaça de Salinas, Cachaça de Santo Antônio da Patrulha, etc.), IGP’s de alguns produtos como o Queijo Minas, a Castanha do Pará e a Rapadura, STG’s de alguns de nossos pratos típicos como o Acarajé, o Barreado e o Feijão Tropeiro. E com certeza o consumidor teria muito mais orgulho e prazer em consumir os produtos típicos brasileiros.

Um comentário:

Anônimo disse...

sabe quando estes selos serão utilizados aqui no Brasil? Nunca!
E o lucro, como é que fica?